sexta-feira, 9 de março de 2012

A verdade sobre as cápsulas anticelulite

Os nutricosméticos, suplementos alimentares que melhoram o aspecto da pele e do cabelo, caíram nas graças das mulheres. E, com a chegada do verão, é a vez das pílulas que prometem acabar com a celulite. Mas qual será o verdadeiro papel dessas cápsulas na nossa luta contra os furinhos? Você encontra a resposta aqui!


Por Carolina Cagno




A  promessa é realmente tentadora: com uma pílula, você conquista coxas e bumbum com pele firme,
mais regular, livre da celulite. Depois das cápsulas que previnem rugas e manchas, das que prolongam o bronzeado e das que fortalecem o cabelo, os comprimidos anticelulite começam a ganhar espaço nas prateleiras. Mas, afinal, funcionam? “Se pegarmos as cápsulas disponíveis no mercado, veremos que cada uma tem uma composição diferente. Isso significa que nenhum ativo é consagrado como o mais eficaz para combater o problema”, fala Solange Teixeira, dermatologista de São Paulo. “Ainda existem poucos estudos. Na maioria dos casos, são pesquisas do próprio fabricante com uma amostra pequena”, acrescenta Dóris Hexsel, dermatologista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.


Contra flacidez, gordura e retenção líquida


Na prática, cada produto vai atuar em uma das três causas do aparecimento dos furinhos: flacidez da pele (provocada pela ação dos radicais livres), excesso de gordura localizada e retenção líquida. Na categoria dos antioxidantes, estão, por exemplo, a vitamina C e a E e o licopeno, que estimulam a produção de colágeno, deixando a pele mais firme (veja “O que vai dentro das pílulas?”). Flavonoides, também antioxidantes de origem vegetal (da uva e da romã), e ômegas (nutriente encontrado nos peixes, castanhas e linhaça) também têm ação anti-inflamatória. Quando as células inflamam por causa dos radicais livres, não exercem bem suas funções. Isso compromete a circulação
sanguínea, o sistema linfático e os tecidos que sustentam a pele, dando origem à celulite e à flacidez. 


Para quebrar as células de gordura, a cafeína, muito utilizada em cremes, não tem o aval unânime dos especialistas na versão oral, apesar de aparecer no rótulo de alguns produtos. Já o ácido linoleico conjulgado (CLA) teve sua eficiência comprovada num estudo publicado no International Journal of Cosmetic Science – como a substância ajuda no controle de peso, acaba influenciando a aparência da celulite. Por fim, o chá verde, a centelha asiática e o hibisco, entre outros, combatem a retenção líquida, diminuindo o inchaço.


Aliada da dieta e do exercício 
Seja qual for o ativo escolhido, vale ressaltar que as mulheres com grau de celulite menos avançados, tipo 1 e 2, têm mais chance de se beneficiar com as cápsulas. “Os cosméticos orais contribuem para o funcionamento do organismo como um todo, regulando a digestão e melhorando a absorção dos nutrientes. E é claro que isso acaba refletindo na beleza”, fala Sheila Mustafá, nutricionista funcional e esteticista de São Paulo. “Na ordem de eficácia contra a celulite, estão no topo da lista alimentação equilibrada, atividade física, tratamentos estéticos, cremes e, por fim, as pílulas”, acredita Leila Bloch, dermatologista de São Paulo. O ideal, então, é usá-las como aliadas da dieta e dos exercícios de três a seis meses num plano de ataque. Depois, manter o resultado com um estilo de vida saudável. 


Apesar de não precisarem de receita para a venda, peça orientação do dermatologista ou da nutricionista para escolher o produto mais indicado para o seu caso. Uma última recomendação dos experts: “Dê preferência aos fabricantes mais conhecidos, especialmente com tradição em pesquisas científicas”, diz Dóris Hexsel.


Realização Sylvia Radovan.


Fonte: revista Boa Forma

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