terça-feira, 11 de setembro de 2012

Os sapatos mais emblemáticos da história da moda


Por Mariana Bradford

Toda mulher adora uma comprinha, mas os sapatos parecem ter uma magia especial que as fazem suspirar. Scarpin, plataforma, peep toe, stiletto, pump e rasteirinha são alguns dos modelos mais clássicos, mas há aquelas criações que vão além e se destacam pela origem e impacto na história do vestuário. Veja abaixo quais são os sapatos mais emblemáticos da moda e as marcas responsáveis por eles:

Mary Jane


Chamado de “sapato de boneca”, ele é item-chave para quem quer montar um look romântico e com pegada girlie fofa. O calçado Mary Jane respira frescor e vai aparecer nas passarelas e na moda de rua, em diversas releituras, até o apocalipse. Mas ele ganhou este nome por surgir nos pés da personagem Mary Jane, da tirinha Buster Brown, desenhada por Richard Outcault e publicada no jornal The New York Herald em 1902. Sapatinho antigo, hein? 

O modelo, caracterizado por saltinho e tira afivelada no peito do pé, já passou por diversas transformações ao longo das décadas – sendo, inclusive, associado a crianças –, mas ganhou popularidade na dança dos anos 1920 e também nos anos 1960, com figuras como a modelo Twiggy fazendo uso da peça.  

Hoje, o sapato Mary Jane é um dos grandes itens clássicos da moda, mas é atual como se tivesse surgido há um mês. Provas disso são Madonna, que usa pares do modelo em seu recente clipe “Give me all your luvin”; e a também cantora Fergie, que lançou a música “Mary Jane Shoes” em 2006.


Sapatilha Repetto


Do balé para o bate-perna das moçoilas elegantes nas ruas – você certamente conhece a sapatilha Repetto, mas talvez não por esse nome. Trata-se daquela sapatilha delicada com um lacinho fino na ponta, reproduzida exaustivamente ao redor do mundo.

Pois é, a original é da marca francesa Repetto, especializada em sapatos de dança. Inaugurada em 1947, a loja nasceu a pedido do bailarino Roland Petit, filho da então costureira Rose Repetto. 

Rose criou uma sapatilha confortável que rapidamente fez sucesso entre os dançarinos, mas foi só em 1956 que o modelo explodiu aos olhos do mundo. Foi neste ano que Brigitte Bardot usou um modelo da marca no filme “E Deus criou a mulher”, o que tornou a sapatilha item de cobiça das mulheres. Ah, vale dizer que, no ano seguinte, Audrey Hepburn foi outro ícone a leva-la às telas do cinema, em “Cinderela em Paris”.


Sapatilha bicolor da Chanel


Coco Chanel é Coco Chanel, e bastou adicionar uma biqueira de cor diferente a um modelo de sapato muito semelhante ao da Repetto para criar uma das sapatilhas mais famosas do mundo. Tudo isso com o símbolo da grife bem exposto, é claro. A tal biqueira virou “cap toe” e é uma das principais tendências atuais no universo dos sapatos.  

Versátil e básica, a sapatilha bicolor da Chanel não sai do pé das meninas que gostam de se vestir com estilo (e status) – gerando a venda de uma infinidade de modelos “inspired” ao redor do mundo até hoje.


Sandálias Birkenstock


Sinônimo de conforto, as sandálias Birkenstock nasceram de uma empresa familiar alemã que, fundada em 1774, levava em consideração a anatomia do pé para fabricar seus calçados. E foi justamente aí que os Birkenstock encontraram a fórmula para o sucesso: criaram uma palmilha flexível em sola de cortiça que se moldava de acordo com o pé. 

A invenção foi sucesso e as sandálias de duas tiras se transformaram ao longo dos anos, passando de calçado confortável de turista a item de cobiça fashion com diferentes modelos, cores e texturas disponíveis.


Coturno Doc Martens


O coturno nasceu como calçado militar, já passou pelo uniforme de várias profissões, já foi emblema dos punks e, hoje, permanece como item fashion e calça os pés de boa porcentagem das pessoas que visitam as semanas de moda brasileiras. 

Quem deu personalidade ao coturno foi o médico do exército alemão Klaus Martens, que, com o pé machucado, resolveu criar uma bota com couro mais macio e sola confortável. Isso aconteceu no fim da Segunda Guerra Mundial – em 1945, mais especificamente –, mas foi em 1960 que Klaus vendeu a patente de seu coturno para a britânica Griggs, que aperfeiçoou o modelo. Virou febre! Os punks pegaram o coturno Doc Martens para si nos anos 1970 e o transformaram em ícone de estilo. Hoje em dia, um modelo custa a partir de 120 dólares (cerca de R$240,00).

Fonte: http://gnt.globo.com/moda





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