John Galliano deu sua primeira entrevista franca, dois anos depois de ter sido demitido da Dior por declarações antissemitas. Publicada na edição de julho da Vanity Fair, a entrevista dá conta de detalhes sórdidos da vida do estilista nos bastidores da marca francesa, o abuso de álcool e drogas, fala sobre o apoio de amigos como Kate Moss e tenta explicar muito sobre o que aconteceu. Leia trechos:
. "Foi a pior coisa que já disse, mas não tinha intenção... Agora percebo que estava tão bravo e descontente comigo mesmo que simplesmente disse a coisa mais maldosa que poderia"
. "O álcool começou como um alívio fora da Dior. Nunca precisei disso para criar. Então, comecei a me embebedar depois das coleções, a ressaca durava dias. E com mais coleções a fazer, mais bebedeiras aconteciam"
. "As pílulas começaram com a insônia. Depois, outras pílulas pois não conseguia parar de tremer"
. "Tinha todas essas vozes na minha cabeça, me perguntando tantas coisas. Mas nunca consegui admitir que era um alcoólatra. Pensava que podia controlar"
. "O que começou como expressão pessoal virou uma máscara. Vivia em uma bolha, tinha ao menos cinco pessoas no backstage. Uma me dava um cigarro, a outra vinha com o isqueiro. Não sabia nem lidar com um caixa eletrônico"
. "Eu não tinha noção do que tinha feito. Vomitei quando assisti ao vídeo [onde era flagrado fazendo declarações antissemitas]. Senti como se tivesse dado um passo na rua e fosse atropelado por um caminhão"
. "Fazer o vestido de casamento de Kate Moss foi uma salvação, foi meu rehab criativo. Ela me desafiou a ser eu mesmo novamente"
. "Pode soar bizarro, mas eu sou grato por tudo o que aconteceu. Aprendi muito sobre mim mesmo, redescobri o garoto que tinha vontade de criar"
Fonte: chic.ig.com.br
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