quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SUS vai trocar as próteses de silicone da marca francesa PIP implantadas por brasileiras

Por Patricia Moterani


A confusão em torno das próteses de silicone da marca francesa PIP, acusada e processada por fraude, ganhou um desfecho positivo aqui no Brasil. O SUS (Sistema Único de Saúde) vai realizar de maneira gratuita a troca das próteses em mulheres que hoje têm o silicone industrial em vez do silicone médico, como seria normal. Essa medida, no entanto, diz respeito somente às mulheres que implantaram as próteses em cirurgias de reparo ou reconstrução de mamas — cirurgias estéticas estão fora.

As próteses da PIP: o silicone usado pela marca francesa é industrial, com altos riscos à saúde, entre eles, o de provocar câncer de mama
O drama teve início no fim de 2011, quando a França anunciou o primeiro ‘recall’ de próteses de silicone no mundo, após milhares de denúncias de danos à saúde por parte de mulheres que haviam reconstruído ou somente aumentado o tamanho dos seios usando o silicone fabricado pela Poly Implant Prothese, marca que exportou próteses para o mundo todo, inclusive para o Brasil.
O problema se deu porque ao invés de silicone médico, a PIP usava silicone industrial, com altos riscos, entre eles, o de provocar câncer de mama. As queixas eram de ruptura da prótese, inflamações e surgimento de tumores benignos e malignos. Estima-se que cerca de 30 mil francesas tenham a prótese. Na Inglaterra, o número é maior ainda: 50 mil.

Aqui no Brasil, segundo dados da Anvisa e do Ministério da Saúde, 12,5 mil mulheres usam as 25 mil próteses importadas da PIP, uma das marcas mais baratas do mercado.

Se você se encaixa nessa medida do SUS, procure um médico do sistema para avaliar o seu caso. Se as próteses apresentarem problemas, a troca será feita imediatamente. Para aquelas que fizeram operações estéticas, a recomendação é procurar o médico que fez a cirurgia e então passar pelos mesmos testes de avaliação.

Fonte: Revista Marie Claire

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